sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

E começa 2010...


Olá, amigos internautas!

Inicialmente, gostaria de desejar um Feliz Ano Novo! Estamos no início de 2010, um ano importante para nós que estamos engajados na luta pela legalização do PMB – Partido da Mulher Brasileira. Este ano representará a efetivação desse sonho, que reúne forças de todo o país em busca de um ideal comum: a criação de uma legenda eminentemente feminina!
Infelizmente, nem tudo são flores, e ao passo que as mulheres buscam seu espaço firme na política, em contrapartida ficamos de frente com estatísticas estarrecedoras de violência contra a mulher.
No meu estado (Ceará) os assassinatos chegaram à absurda marca de 143 homicídios (em 2008 foram 93). E essa violência atinge todas as classes sociais, como vemos nos casos da jovem Francisca Danielle da Silva, de 29 anos, jovem humilde, moradora de Canindé, no interior do estado, brutalmente morta a facadas pelo companheiro por ter se recusado a manter relações com ele. E no recente assassinato a tiros da Jornalista Kérsia Maia Porto Amorim, também de 29 anos, praticado pelo seu marido, o sargento Francisco Antônio de Lima Amorim, conhecido pelo ciúme excessivo. Prova de que, independente da condição sócio-econômica e intelectual dos agressores, a cultura ignorante do machismo ainda fala mais alto.
Coisas assim nos deixam muito tristes, às vezes até desesperançosas, com uma sensação de impotência que quase nos domina. Mas logo me apego ao fato de que toda a trajetória da mulher foi marcada por muitos dissabores, muitas lágrimas... Elas não seriam necessárias, deveríamos conquistar nosso espaço com mais dignidade e respeito. Porém, sei que pior seria se cruzássemos os braços e aceitássemos essa condição desigual passivamente. Esse pensamento nos motiva a lutar!
Sabemos que não é fácil e sentimos nos nossos corações, o peso do luto por tantas Franciscas, Marias, Anas, Antonias e Raimundas vítimas do golpe fatal do preconceito. E pela honra dessas mulheres, pelo respeito às suas vidas, pelo fim da impunidade, afirmamos com orgulho: Vamos Continuar!
Seguimos na esperança de que, ao final de 2010, esses números revoltantes declinem e que no início do próximo ano eu possa estar aqui, finalmente, lhes dando uma boa notícia.

Um abraço sincero,
Margareth Rose