domingo, 4 de julho de 2010

Estudante Geisy pede indenização milionária à UNIBAN

Hoje li a notícia de que Geisy Arruda, a aluna hostilizada na faculdade por usar um vestido curto, pediu 1 milhão de reais de indenização à instituição, durante audiência realizada esta semana.

Assim que vi a divulgação da nota, acompanhei também vários dos comentários idênticos aos que foram feitos contra a jovem na época do fato e que resumiam-se a dizer que a selvageria ao qual Geisy foi exposta foi merecida por ela ter "provocado". Que o fato de ter se destacado na mídia, aproximar-se de famosos e participar de programas de televisão demonstraria seus interesses menos louváveis e, portanto, isentaria a Uniban da responsabilidade de indenizá-la.

Na minha opinião, desqualificar uma vítima para legitimar um crime é um dos truques mais sórdidos utilizados por advogados inescrupulosos e falsos moralistas. Para mim, em nada interessa a pretensa fama ou louros que essa moça colheu depois do lamentável episódio ocorrido numa instituição de educação. O que me interessa é que aconteceu e jamais deveria passar impune.

A sociedade brasileira ainda é extremamente machista e arraigada a idéias preconceituosas e ultrapassadas. O comportamento selvagem dos alunos que protagonizaram as cenas ridículas e arcaicas, dignas de um circo romano, demonstra claramente quem merecia ser punido. Por mim, Geisy poderia fazer filme pornô, topless no Congresso Nacional e até usar a indenização milionária para usufruir de todos os prazeres frívolos e vulgares do mundo, mas mesmo assim essa faculdade merece ser severamente penalizada.

E como é mais uma das tantas faculdades espalhadas pelo Brasil que, ao invés de preocupar-se com a educação, preocupa-se com lucros, não há punição melhor do que atacá-la em seu ponto fraco: o bolso! Que o prejuízo sirva de lição para eles se conscientizaram do papel social que uma universidade possui diante do desenvolvimento do nosso país e assumam sua responsabilidade perante todos. Espero que a Uniban pague caro e quanto a Geisy, que faça da vida dela o que bem entender (embora eu lhe deseje sempre o melhor). Afinal, não é ela que possui nas mãos o dever de educar, mas a Uniban sim!

Justiça Já!
Margareth Rose

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