Em Fortaleza, Professora é atropelada na calçada quando se dirigia ao trabalho

Fiquei muito triste em saber que ontem, dia 16 de Outubro, uma Professora de 61 anos morreu atropelada na Avenida Perimetral, em Fortaleza. A educadora, uma profissional dedicada e querida por todos, havia no dia anterior comemorado do Dia do Professor com muita alegria, segundo depoimento de amigos e familiares.

A Senhora Maria Lúcia Uchoa Brasil caminhava pela CALÇADA, quando foi colhida pelo veículo. O Motorista, um jovem de apenas 22 anos, explicou que subiu a calçada após um outro carro colidir na sua traseira.
É lamentável que, mesmo na “segurança” da calçada, as pessoas ainda sejam vítimas da violência no trânsito.

Aliás, trafegar pelas calçadas é uma verdadeira “aventura”, pois elas costumam ser totalmente desniveladas, algumas muito estreitas e às vezes, até mesmo inexistentes, pois proprietários de residências, inconscientes, estendem suas construções até o espaço que seria reservado para o trânsito de pedestres, obrigando os transeuntes a disputar espaço com os carros na rua. Mesmo quando existe uma área razoável para circulação de pedestres, em alguns locais ela não é respeitada, como percebemos no Centro de Fortaleza e até de Maracanaú, onde vendedores ambulantes ocupam quase toda a calçada.

Essa senhora, uma mulher já idosa, com certeza acreditava estar segura trafegando fora da área da via. Mas mesmo assim, foi fatalmente atingida pelo que pode ter sido mais um caso de imprudência no trânsito, segundo informações preliminares da perícia.

Acho que é hora do Poder Público intensificar as campanhas e fiscalizações de trânsito. Existem motoristas que usam seus veículos como “armas”, e não respeitam nem os outros condutores, muito menos os direitos de pedestres e ciclistas.

Além disso, preocupar-se mais com a acessibilidade das pessoas, especialmente as que possuem alguma limitação, como idosos e deficientes. Pelo menos nas principais ruas e avenidas era necessário existir um plano de mobilidade urbana, com calçadas mais niveladas, largas e seguras.

À família da Sra. Maria Uchoa, meus sinceros pêsames. Espero, sinceramente, que seu falecimento não seja apenas mais um número nas tristes estatísticas das mortes no trânsito de nosso país e que as autoridades competentes tomem as medidas cabíveis contra os responsáveis.

Margareth Rose